Portugal é casa de famosos vinhos, como o Barca Velha e o Pêra-Manca. Conheça mais sobre as bebidas icônicas do velho continente!

Os nomes podem até parecer estranhos, mas quem gosta de vinhos já deve ter ouvido falar do Barca Velha e do Pêra-Manca, dois vinhos icônicos de Portugal!

Quer saber mais sobre os segredos por trás desses grandes vinhos portugueses? Então, confira esse artigo que a DiVinho preparou para você:

Barca Velha

Barca Velha
Vinho Barca Velha

História do Barca Velha

O Barca Velha é um dos vinhos mais celebrados de Portugal, por toda a sua tradição pode-se até pensar que ele seja um rótulo muito antigo, mas na verdade, esse grande vinho foi criado em 1952!

Quem produz o Barca Velha é a Casa Ferreirinha, tradicional vinícola portuguesa fundada no século XVII.

O nome da vinícola homenageia a Dona Antónia Adelaide Ferreira, que ficou carinhosamente conhecida por “Ferreirinha” no Douro.

Barca Velha surgiu de um sonho do genial enólogo Fernando Nicolau de Almeida de produzir um vinho que refletisse o terroir do Douro, com uma filosofia própria e um grande potencial de envelhecimento.

Como o Barca Velha é produzido apenas em anos excepcionais, desde 1952 foram lançadas apenas dezoito safras. 

Quem cuida da enologia do Barca Velha hoje é o enólogo Luís Sottomayor, que trabalhou por anos com Fernando Nicolau de Almeida e segue o mesmo compromisso com a qualidade e a excelência na produção deste grande vinho.

Casa Ferreirinha
Casa Ferreirinha

Vinho Barca Velha

O Barca Velha é produzido com uvas das cepas Tinta-Roriz, Tinto Cão, Touriga Franca e Touriga Nacional, oriundas, em sua maioria, da famosa Quinta da Leda, situada na região leste do Douro, com 78 hectares de vinhedos.

Até o ano 2000 as uvas vinham da renomada Quinta do Vale Meão.

O processo de vinificação do Barca Velha é bastante rigoroso.

Os vinhos que apresentam potencial para criar um Barca Velha estagiam por dezesseis meses em barricas novas de carvalho francês.

Depois de inúmeras provas e análises das diferentes barricas é realizado o corte final. 

Descrever o Barca Velha em poucas palavras é uma tarefa difícil, trata-se de um tinto grandioso, classudo, com um aroma muito exuberante, marcado pela forte presença de frutos vermelhos maduros, além de notas de especiarias, como pimenta e cravinho.

Há toques balsâmicos, mentolados e de caixa de tabaco bem integrados.

Na boca, tem grande estrutura, textura rugosa e um final longo e harmonioso.

Além de tudo isso, o Barca Velha é um vinho com um excelente potencial de guarda.

Ele pode ser apreciado quando é lançado no mercado, cerca de oito anos após a colheita, mas promete uma vida longa de até vinte anos na garrafa! 

E para harmonizar com o Barca Velha?

A sugestão da DiVinho é acompanhar pratos requintados de carne vermelha, carnes caça e queijos com sabores marcantes.

Pêra-Manca

Vinho Pêra-Manca
Vinho Pêra-Manca

História Pêra-Manca

O Pêra-Manca é um vinho ainda mais novo que o Barca Velha, sua primeira safra foi a de 1990, e, desde então, foram lançadas apenas mais quatorze safras nesses trinta anos de história.

Nem parece que faz tão pouco tempo da criação desse vinho ícone de Portugal! 

Quem produz o Pêra-Manca é a Fundação Eugênio de Almeida pela Adega Cartuxa, uma instituição com fins filantrópicos do Alentejo, com 400 hectares de vinhedos distribuídos em quatro propriedades na sub-região de Évora.

O vinho tinto Pêra-Manca resultou de um trabalho conjunto de dois grandes nomes do vinho Português, Rosário do Colaço, conhecido como o “o pai dos vinhos alentejanos”, e  do renomado enólogo Francisco Pimenta.

Hoje, quem está à frente da enologia do Pêra-Manca é o enólogo Pedro Batista.Além do Pêra-Manca tinto, a Adega Cartuxa também produz um Pêra-Manca branco, elaborado com um blend das típicas uvas portuguesas Antão Vaz e Arinto.

Fundação Eugênio de Almeida
Fundação Eugênio de Almeida

Vinho Pêra-Manca

O Pêra-Manca tinto é elaborado com as uvas autóctones portuguesas Trincadeira e Aragonez, com vinhas de idade média de trinta anos, oriundas da propriedade Herdade dos Pinheiros no Alentejo.

Cada casta é colhida e vinificada separadamente, estagiando, também em separado, em tonéis de carvalho francês nas caves do Convento da Cartuxa, em Évora, por um período de dezoito meses.

Depois de todo esse processo, é realizado o blend final do Pêra-Manca.

Pêra-Manca é um vinho tinto português incomparável!

Cheio de camadas de aromas, alterna notas de frutas maduras e especiarias, além de um delicado toque tostado.

Na boca é denso e profundo, com acidez perfeita, estrutura de taninos finos e um final frutado e embalado por notas balsâmicas.

Para harmonizar com o Pêra-Manca tinto a recomendação da DiVinho é acompanhar carnes vermelhas grelhadas ou assadas, pratos intensos e sofisticados, embutidos e queijos maduros.


 E você, já provou um desses grandes rótulos?