Alguns rótulos se destacam no mundo do vinho, pela sua altíssima qualidade, o que faz com que alcancem valores igualmente altos.

Nós, da DiVinho, preparamos esse artigo sobre os cinco vinhos mais caros do mundo, confira!

Os 5 Vinhos mais Caros do Mundo

1 – Vinho La Romanée Grand Cru

Vinho La Romanée Grand Cru
Vinho La Romanée Grand Cru

O Vinho La Romanée Grand Cru é oriundo do menor Grand Cru da Borgonha e da menor A.O.C. (Apelação de Origem Controlada) de toda a França, a de La Romanée, com apenas 0.85 hectares

Com uma produção extremamente limitada, de cerca de 3.600 garrafas por safra, é um vinho muito disputado pelos colecionadores, o que explica seu alto valor.

Além disso, o  Vinho La Romanée Grand Cru também conta com uma particularidade, seu produtor, o Domaine du Comte Liger-Belair, faz divisa com o mítico Domaine de la Romanée-Conti.

Uma garrafa da safra de 1945 do Domaine de la Romanée-Conti alcançou, em um leilão realizado em 2018, o incrível valor de 558 mil dólares. Sendo, atualmente, o vinho mais caro do mundo.

O La Romanée Grand Cru é um vinho realmente especial. Elaborado com a uva Pinot Noir, uma das uvas tintas mais expressivas da Borgonha. 

Em boca, é complexo, apresentando grande estrutura, taninos aveludados e um final longo e muito persistente.

No nariz, revela um bouquet aromático extremamente elegante, onde destacam-se notas de frutas vermelhas maduras, como cereja.

Esse é um vinho de guarda por excelência, com capacidade para envelhecer na garrafa por décadas! 

Não é à toa que, na safra de 2011, o Vinho La Romanée Grand Cru conquistou 95 pontos do crítico Robert Parker.

2 – Vinho Château Petrus

Vinho Château Petrus
Vinho Château Petrus

Quando se fala em vinhos mais caros do mundo, um dos primeiros nomes que vem à mente é o Château Petrus! 

Um garrafa imperial, de seis litros, da safra de 1982 do Château Petrus, alcançou o impressionante valor de 45 mil libras em um leilão realizado em Londres, pela companhia internacional de vinhos Bordeaux Index.

A fama do Petrus é muito antiga. Ainda no século XIX, mais precisamente em 1878, foi premiado com a Medalha de Ouro no Concurso Internacional de Paris.

Entretanto, após a metade do século XX ele realmente foi alçado ao status de ícone. Reza a lenda que o presidente norte-americano John Kennedy declarou o Château Petrus como um dos seus vinhos favoritos.

O Château Petrus é reconhecido como o “Rei do Pomerol” e um dos melhores vinhos de Bordeaux!

Safra após safra, o Petrus conquista excelentes avaliações da crítica especializada. Na safra de 2006, por exemplo, alcançou a nota perfeita do crítico Robert Parker, 100 pontos!

O processo de elaboração do Petrus é minucioso. As uvas da casta Merlot que o compõem são colhidas manualmente no período da tarde, para proteger os bagos da umidade da manhã.

O envelhecimento é realizado em barricas novas de carvalho francês por um período que varia entre 22 e 28 meses, o que resulta em um vinho rico em aromas de fruta madura e carnuda, como framboesa, evoluindo para notas de especiarias e chocolate.

Em boca, o Château Petrus é concentrado e estruturado, com taninos refinados. Destacando-se pela extraordinária elegância e pureza.

O ideal é apreciá-lo após dez anos de garrafa, mas o Château Petrus tem capacidade para evoluir por décadas. 

Dica DiVinho: Temos um artigo super completo somente sobre o Château Petrus, não deixe de conferir!

França
WS
93

3 – Vinho Pingus

Não são só os franceses que sabem produzir vinhos de altíssima qualidade, figurando entre os mais caros do mundo. A Espanha também ganha destaque nessa categoria, com o Vinho Pingus.

O Pingus foi o primeiro rótulo da D.O. ( Denominação de Origem) de Ribera del Duero a conquistar a pontuação máxima, 100 pontos, do crítico Robert Parker.

Quem elabora esse grande vinho é o Dominio de Pingus, um projeto do respeitado enólogo e agrônomo dinamarquês Peter Sisseck.

O Pingus é um vinho de produção muito limitada, na safra de 2013, por exemplo, foram lançadas apenas 6.900 garrafas. Fato, este, que contribui para o valor elevado deste grande rótulo.

O Vinho Pingus é elaborado com a uva Tinta del País, nome pelo qual a Tempranillo é conhecida na região de Ribera del Duero, oriunda de vinhas com quase um século de idade, plantadas em 1929.

No nariz, revela aromas de frutas vermelhas maduras, como de cereja e framboesa, notas florais, como de violeta e lilás, nuances de especiarias e toques minerais.

Em boca, conta grande estrutura, apresentando taninos refinados, ótima acidez e um final longo e persistente. 

Um rótulo que goza de um grande potencial de guarda, o Pingus tem a capacidade de envelhecer na garrafa por décadas, ficando ainda melhor com o passar dos anos!

4 – Vinho Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé

Vinho Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé
Vinho Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé

Quando se fala em vinho, a família Rothschild é sinônimo de excelência. Mas, se tem um rótulo que destaca-se no seu extenso e prestigiado portfólio é o Vinho Château Lafite Rothschild.

O Barão James de Rothschild adquiriu o Château Lafite em 1868, criando, assim, o Château Lafite Rothschild.

Hoje, o grupo Domaines Barons de Rothschild (Lafite) também é dono de outras importantes propriedades de Bordeaux, como o Château Mouton Rothschild, o Château Duhart-Milon, o Château L’Évangile e o Château Rieussec.

O preço mais alto alcançado pelo Château Lafite Rothschild foi de 230 mil dólares, por uma garrafa de tamanho convencional, 750ml, da safra de 1869, em um leilão realizado no ano de 2010, pela Sotheby’s.

Mas não é só pelo preço elevado que o Château Lafite Rothschild construiu sua fama. Produzindo grandes vinhos desde o século XIV, a propriedade também conta com o título de Premier Cru, segundo a histórica classificação de vinhos de Bordeaux de 1855.

O Château Lafite Rothschild está localizado na margem esquerda de Bordeaux, dentro da Apelação de Origem Controlada (A.O.C.) de Pauillac.

A produção do Vinho Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé é árdua. Começa-se com cerca de 150 a 200 assemblages, que, depois de muitas provas, são reduzidos a apenas três amostras, para, após uma minuciosa seleção, dar origem ao blend final daquele ano.

Na safra de 1999, que conquistou 95 pontos do crítico Robert Parker, o assemblage é composto por 74% de Cabernet Sauvignon, 18.5% de Merlot, 6% de Cabernet Franc e 1.5% de Petit Verdot.

Em boca, o Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé é elegante e equilibrado, com um final longo e persistente. 

No nariz, evoca um bouquet aromático rico, com aromas de frutas vermelhas maduras, notas de especiarias e nuances de madeira, advindas do estágio de de dezoito a vinte meses em barris de carvalho.

O Château Lafite Rothschild é, sem sombra de dúvidas, um vinho que fica ainda melhor com o passar do tempo, apresentando um excepcional potencial de guarda, podendo envelhecer por mais de meio século! 

Dica DiVinho: Confira nossa entrevista esclusiva com Philippe de Nicolay Rothschild, dos Domaines Barons de Rothschild (Lafite)!

5 – Vinho Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé

Vinho Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé
Vinho Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé

O Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé é um rótulo que figura na elite do mundo dos vinhos.

É um, de apenas cinco vinhos, que ostenta o título de Premier Cru, segundo a histórica classificação de vinhos de Bordeaux de 1855.

Uma garrafa Jeroboão, de 4.5 litros, da safra de 1945 do Château Mouton Rothschild chegou a alcançar o impressionante valor de 310 mil dólares, em um leilão realizado em 2007.

Uma tradicional propriedade de Bordeaux, o Château Mouton Rothschild, é, hoje, parte do grupo Domaines Barons de Rothschild (Lafite), que também é dono do Château Lafite Rothschild e do Château Duhart-Milon.

O Vinho Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé é elaborado com um corte das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, oriundas de vinhedos localizados na A.O.C. (Apelação de Origem Controlada) de Pauillac, na margem de esquerda de Bordeaux.

O processo de vinificação é minucioso, com um período de envelhecimento de dezenove a vinte e dois meses em barricas de carvalho francês. Resultando em um vinho com taninos refinados e um final longo e persistente.

No nariz, revela aromas de frutas vermelhas e negras maduras, como cereja, framboesa e amora, notas de especiarias, além de toques de  baunilha e chocolate.

Contando com um excepcional potencial de guarda, o Château Mouton Rothschild Grand Cru Classé pode ser mantido na garrafa por décadas após o seu lançamento!


E você, já experimentou algum desses grandes rótulos?