Como é feita a rolha de vinho?

A rolha é uma parte fundamental da garrafa de vinho. Mas você sabe como ela é feita?

Descubra, nesse artigo da DiVinho, como é feita a rolha de vinho!

Do que é feita a rolha de vinho?

A rolha de cortiça, o modelo mais tradicional utilizado em vinhos, é feita de um material retirado da casca do Sobreiro, árvore da família do Carvalho, cultivada no sul da Europa, principalmente na Península Ibérica, em países como Espanha e Portugal.

Hoje, existem outros tipos de rolhas de vinho, como a rolha sintética e o screw cap, também conhecida como tampa de rosca.

Entretanto, a rolha de cortiça continua sendo a mais utilizada na maior parte dos vinhos, principalmente nos vinhos de guarda, onde a cortiça permite a entrada gradual do ar, necessária para o envelhecimento correto da bebida.

Dica DiVinho: Temos um artigo explicando a diferença entre a tradicional rolha de cortiça, a rolha sintética e o screw cap (tampa de rosca), confira!

Como é feita a rolha de vinho?

O processo de produção da rolha de vinho pode ser desmembrado em cincos passos principais: a colheita da cortiça, o processamento da cortiça, o corte da rolha, a seleção da rolha e a finalização da rolha.

Abordaremos cada uma dessas etapas a seguir.

1 – Colheita da Cortiça

O Sobreiro, árvore de onde é extraída a cortiça, pode ser “colhida” a cada nove anos.

Nesse caso, o termo “colheita” é utilizado para referir-se ao processo de retirada da casca do Sobreiro, que é sempre realizado de forma manual.

A colheita não prejudica o crescimento da árvore, entretanto, só pode ser realizada pela primeira vez após o Sobreiro chegar à sua maturidade, o que acontece por volta de vinte e cinco anos após o seu plantio.

Após a primeira colheita, o Sobreiro volta a crescer a casca, que pode ser colhida novamente após nove anos, em média, quando a casca atinge cinco centímetros de espessura.

2 – Processamento da Cortiça

Após a colheita, a casca do Sobreiro é deixada para secar ao ar livre por alguns meses.

Posteriormente, as pranchas de cortiça são transferidas para a fábrica de rolhas, onde é realizado o processamento.

A primeira etapa do processamento é a fervura das pranchas, que além de limpar a cortiça e retirar as impurezas, também é responsável por deixar as pranchas mais planas e maleáveis.

A água da fervura costuma conter um fungicida, que ajuda a evitar o desenvolvimento do temido bolor.

Depois da fervura, as pranchas de cortiça são cortadas em pedaços menores e deixadas para secar novamente, em um ambiente com umidade controlada.

3 – Corte da Rolha

Com as pranchas de cortiça limpas e secas, começa o corte da rolha propriamente dita.

As melhores rolhas são perfuradas manualmente, em um processo que exige muita precisão e habilidade. Essas são as rolhas mais caras, encontradas nos rótulos de renome.

O restante das rolhas é perfurado por máquinas, mas ainda assim é um trabalho bastante manual, que exige a supervisão de profissionais treinados.

4 – Seleção da Rolha

Após o corte, as rolhas são selecionadas manualmente, visando preservar o alto padrão de qualidade.

Rolhas que não atingem o padrão de qualidade são moídas, e junto com as sobras do processo de corte são transformadas em “rolhas técnicas”, um tipo de rolha utilizada em vinhos mais baratos.