Vinho varietal e vinho de corte são dois termos bastante utilizados no universo do vinho.

Mas você sabe o que eles significam?

Descubra, nesse artigo da DiVinho, qual a diferença entre o vinho varietal e o vinho de corte!

Vinho Varietal

Vinho Varietal
Vinho Varietal

Vinho varietal é um tipo de vinho produzido apenas com uma única cepa ou casta de uva. Também são vinhos que têm uma variedade de uva como principal.

Esse é um fato que pode gerar surpresa para alguns consumidores, afinal, como pode um vinho varietal ter mais de uma uva em sua composição?

A legislação muda de um país para outro, mas não é necessário que um vinho tenha 100% de uma determinada uva para ser considerado varietal. 

No Brasil, Chile e Nova Zelândia, o vinho deve conter 75% da variedade principal. Já na  Austrália e África do Sul, a proporção é de 85%. 

Enquanto em algumas regiões dos Estados Unidos, chega a ser exigido 90% da variedade estampada no rótulo.

Os produtores optam por adicionar outras uvas para oferecer maior estrutura, acidez, ou complexidade de aromas ao vinho.

Quando um vinho é produzido 100% com uma única casta ele é considerado como um monovarietal ou monocasta.

Alguns países e regiões vitivinícolas especializam-se na produção de vinhos varietais. 

Esse é o caso da Borgonha, com o Chablis, um renomado vinho branco elaborado com a uva Chardonnay.

No Novo Mundo, a Argentina destaca-se com seus tintos de Malbec. Enquanto no Chile, quem domina é a Carménère. 

Vinho de Corte

Vinho de Corte
Vinho de Corte

Vinhos de corte, também conhecidos como blends ou assemblages, são rótulos produzidos a partir de duas ou mais variedades de uvas. 

Uma parte importante da tradição vitivinícola do Velho Mundo, o assemblage tem como objetivo conferir maior equilíbrio e complexidade ao vinho.

Nesse método de produção, o enólogo tem mais controle sobre características como acidez, cor, aromas e teor alcoólico.

Algumas regiões vitivinícolas do mundo especializam-se na arte do assemblage, como é o caso de Bordeaux e Champagne, na França, e da Toscana, na Itália, tanto que esses cortes ganharam nome próprio.

O Corte Bordalês é um dos mais famosos, dando origem a alguns dos melhores, e mais caros, vinhos, como o Château Lafite Rothschild!

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Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc são as variedades mais expressivas do Corte Bordalês, mas também são permitidas outras uvas cultivadas em Bordeaux, como Petit Verdot e Malbec.

O Corte Champenoise dá origem ao mais famoso espumante do mundo, o Champagne! Consiste no blend das uvas tintas Pinot Noir e Pinot Meunier, e da uva branca Chardonnay.

O Vale do Rhône, no sul da França, conta com um blend bastante conhecido, o GSM. “G” de Grechade, “S” de Syrah e “M” de Mourvèdre.

A Itália também conta com um assemblage famoso, o Corte Supertoscano, das uvas Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Merlot. 

Esses são só alguns exemplos, pois os vinhos de corte fazem parte de uma longa tradição na Europa, que também chegou ao Novo Mundo. 

Vale a pena experimentar vários cortes até descobrir qual é o seu favorito!


E você, prefere vinhos varietais ou vinhos de corte?