A Argentina é um gigante no mundo do vinho: 5º maior produtor; 7º maior mercado consumidor (ao lado da Espanha) e 2º colocado no ranking dos vinhos importados para o Brasil (atrás apenas do Chile).
Tamanho protagonismo tem história para contar: os primeiros vinhedos foram plantados no século XVI por colonizadores espanhóis, mas a viticultura se desenvolveu de verdade ao longo dos séculos XVIII e XIX com a chegada de imigrantes europeus, que disseminaram as cepas Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Até o final da década de 1980, produzia-se no país “rios” de vinhos sem compromisso com qualidade.
Isso mudou nos anos 1990, com novos projetos instalando-se na Argentina, muitos deles com investimento estrangeiro e enólogos europeus e norte-americanos estrelados, que vislumbraram no país sul-americano terroirs inexplorados, capazes de produzir vinhos cheios de caráter.
Não demorou para os tintos argentinos conquistarem lugar de destaque nas avaliações de críticos reputados.
Atualmente, o cenário vitivinícola argentino vive um momento de ebulição graças a uma geração de enólogos atrevidos, que gosta de experimentar técnicas e explorar novos territórios e cepas até então subestimadas.
Por isso, fique de olho nas novidades vindas da Argentina.
Os tintos da uva Malbec produzidos na Argentina conquistaram o nosso paladar ao ponto de muitos de nós desconfiarem que essa variedade seja originária da América do Sul.
Ledo engano, a Malbec é francesa “da gema” e instalou-se no país vizinho a partir do século XVIII, trazida por imigrantes europeus.
Intensos e uma delícia com churrasco, os vinhos Malbec estão entre os nossos preferidos, mas não deixe de lado os tintos produzidos a partir da Carbernet Sauvignon e da Cabernet Franc – você vai descobrir aromas e sabores incríveis – nem aos brancos argentinos, especialmente os aromáticos Torrontés e os novos Chardonnays, que não devem nada aos grandes brancos do mundo.