França

Vinhos Franceses
A França é uma espécie de Meca do vinho. De tão maravilhosos são os tintos de Bordeaux, os brancos da Borgonha, os doces Sauternes, os rosés da Provence, sem falar no Champagne, o país continua reinando absoluto no quesito “topo de gama”.
Seus vinhos costumam ser caros – difícil encontrar pechinchas na prateleira de rótulos franceses, mas há sim exemplares que fazem jus à legenda “ótima relação qualidade-preço”.
O que os experts dizem – e com razão – é que os melhores exemplares franceses, aqueles famosos e míticos, não são para iniciantes.
Para entender toda a complexidade de um Bordeaux ou Borgonha é preciso ter já alguma bagagem entre os rótulos do Velho e do Novo Mundo.
Para quem está começando agora a se aventurar no maravilhoso universo do vinho francês, talvez seja uma boa começar, por exemplo, pelos vinhos do Rhône, Languedoc-Roussillon, Vale do Loire e Alsácia – o que não falta são opções!
O modelo francês
O estilo intenso e, ao mesmo tempo, classudo dos tintos de Bordeaux – em geral, uma mescla das uvas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot – são a cartilha para muitas regiões vitivinícolas tanto do Novo como do Velho Mundo.
Só de se pronunciar a palavra Bordeaux, qualquer pessoa que conheça minimamente sobre vinhos já arregala os olhos – não é assim?
São de Bordeaux os míticos Premiers Crus, os “crème de la crème”, quer dizer, as propriedades classificadas em 1855 como as melhores da região: Château Lafite-Rothschild, Château Margaux, Château Latour e Château Haut-Brion. Até hoje, esses nomes representam as grandes estrelas do mundo do vinho.
Enquanto Bordeaux, no sudoeste da França, é puro glamour, a Borgonha tem o charme de suas pequenas e acolhedoras vilas de camponeses, nas quais se elaboram vinhos que são o exemplo máximo da elegância.
Foi a Borgonha que exportou para o mundo o conceito de terroir e, apesar de a uva Pinot Noir compor seus tintos e a Chardonnay, seus brancos, não são elas as vedetes, mas sim as condições muito particulares de solo, clima e topografia de cada parcela de vinhedo – sem esquecer da sabedoria de seus vignerons.
Champagne, por sua vez, é uma zona desafiadora, no limite mais a norte do país onde o cultivo da uva é possível.
Fica a cerca de uma hora de carro a leste de Paris e virou sinônimo de vinho espumante, levando todo o mundo a invejar e copiar o seu tradicional método clássico de produção.
Outro estilo de vinho moldado na França e que influenciou – e ainda influencia – outros produtores do globo, é o rosé de Provence, com sua cor delicada e brilhante e seus aromas e sabores sedutores.
Embora esses sejam os vinhos franceses mais célebres, o país ainda oferece maravilhosas descobertas, como os tintos e brancos do Vale do Rhône e do Vale do Loire, os Rieslings da Alsácia e os cada vez melhores rótulos de Languedoc-Roussillon.
Enfim, sai século, entra século e os vinhos franceses não só não perdem o trono, como continuam nos surpreendendo.