Apesar de muito famosa, a região do Alentejo, é uma “novata” no mundo do vinho.
Em 1988 é que surgiram as primeiras denominações de origem alentejanas e muitas das vinícolas mais prestigiadas que conhecemos hoje são dessa época.
Os vinhos da quente região do Alentejo, no centro-sul de Portugal, são conhecidos por serem frutados e redondos.
São, em geral, tintos e brancos saborosos e fáceis de gostar e, ainda por cima, oferecem um preço bastante atrativo. Por isso, não é de espantar que sejam os mais consumidos em Portugal.
Os vinhos do Alentejo só ganharam relevância internacional após a Revolução de 25 de abril de 1974. Durante o regime autoritário de Salazar, o Alentejo era considerado o “celeiro de Portugal”, sendo o trigo a principal cultura.
Com o fim do salazarismo, novos empreendimentos vitivinícolas surgiram e, em 1988, foram regulamentadas as primeiras denominações de origem alentejanas. Em 1989 foi fundada a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.
A região do Alentejo é dominada por planícies e suaves colinas, quem a percorre descobre vinhas e mais vinhas, campos de cereais, oliveiras, sobreiros e azinheiras e, vez ou outra, um castelo lá no alto.
É uma região muito quente durante o verão, o que explica a exuberância de seus vinhos.
Os solos alentejanos divergem conforme a subregião, no geral, são formados a partir de rochas e possuem textura arenosa e argilosa.
No mundo das castas, há as variedades legítimas portuguesas, como as tintas Trincadeira, Castelão, Aragonez, Touriga Nacional e Alfrocheiro, e as brancas Antão Vaz, Arinto e Roupeiro, e também uvas internacionais, como Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Syrah e, entre as brancas, a Chardonnay.
A região do Alentejo foi uma das primeiras do país a incorporar outras uvas além das castas lusas e, por essas e por outras, é tida como o “Novo Mundo” do vinho português.